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Hoje o Beba Como Uma Garota completa 2 anos

Foto do escritor: Isabella PinheiroIsabella Pinheiro

Eu nunca soube que chegaria até aqui quando acabava de sair de um relacionamento abusivo e buscava um novo sentido pra vida. Nunca soube o tanto de coisa que eu poderia conquistar, ganhar e pessoas que poderia conhecer através desse projeto, eu apenas sabia que deveria fazer alguma coisa.

Eu bebi minha primeira cerveja apenas aos 18 anos. Pode parecer irônico, mas eu pensava que se eu fosse querer beber, deveria ser com meu dinheiro e com responsabilidade. Essa questão de independência e liberdade sempre nasceu comigo. Não depender, faça você mesma, corra atrás dos seus sonhos. Eu acredito que foi herdada por minhas ancestrais silenciadas, agredidas e com muitos sonhos sufocados que acabaram explodindo em mim, porque é inexplicável a vontade que tenho de mudar tudo e a mim mesma quando acredito em algo. Mesmo sem saber o que era empoderamento e muito menos empreender, eu apenas fiz. Como quando você canta uma canção que não se lembra, mas sabe a letra. Não foi e até hoje não é fácil. Às vezes quero desistir de tudo, às vezes quero que o céu seja meu limite. Uma guerra constante entre “ser ou não ser”.

Quando bebi minha primeira cerveja artesanal, eu tinha comprado para dar de presente para o meu namorado na época, porque achei que seria um presente surpreendente. Eu comprei online de um site que exportava, porque naquela época ainda não era algo simples como hoje em dia de achar. Quando tomamos aquela cerveja, eu me lembro exatamente da sensação que eu tive, de como um mundo novo se abriu pra mim. E foi aí que meu interesse pelo assunto nunca mais parou. Faz 8 anos que tenho como hobby beber, conhecer, harmonizar, brassar e estudar sobre cerveja. A cerveja mudou minha vida e não há sensação mais agradável do que chegar em casa depois de um dia cansado, colocar Pink Floyd na vitrola, ligar algumas velas, sentar no chão e beber sozinha. A sensação de liberdade e amor próprio é indescritível a cada gole da cerveja. É assim que recarrego minhas energias.

Assim, depois de dois anos, construindo os valores da marca, as parcerias e conquistando cada vez mais mulheres para fazer parte disso, chegamos até aqui. Foram 130 camisas vendidas por todo o país, uma confraria na qual compartilhamos além das cervejas e estudos, uma amizade sincera que é quase uma família. Parceiros que entenderam o conceito e o respeito pelo valor que é entregue. Não é fácil começar. Talvez, se fosse hoje, eu nem começaria. É cansativo, exaustivo e às vezes cruel. Mas eu não faço isso por mim, faço isso por todas nós. Porque nós, mulheres, nunca conseguimos alguma coisa ficando de braços cruzados, e se o Beba Como Uma Garota fizer a diferença mínima na vida de uma mulher que seja eu já terei atingido meu objetivo.

Eu gostaria de fazer um texto de agradecimento e contando todas as nossas vitórias, mas acredito que a melhor forma de fazer isso será bebendo uma bela cerveja com todos vocês.

Aguardem...

Muitas cervejas e cheers,

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