Hoje, me deparei com a seguinte frase: "A informação conforta". Por muito tempo, acreditei que quanto mais me informasse, mais triste me sentiria e, lá no fundo, sentia inveja da época em que não possuía certos conhecimentos. No entanto, à medida que buscamos informação, abrimos caminho para questionar algumas crenças internas e atitudes à medida que adquirimos conhecimento.
Quando iniciamos nossos relacionamentos, somos como páginas em branco. Muitas coisas são moldadas com base no que aprendemos sobre o amor desde a infância, e outras são adquiridas ao longo do tempo, à medida que descobrimos nossa forma de nos relacionar.
O amor pode se tornar tóxico em muitas ocasiões, especialmente o amor romântico. O verdadeiro amor sabe impor limites. E, diante dessa introdução, vou compartilhar uma experiência pessoal que acredito poder fazer você refletir.
Tenho algumas distorções cognitivas terríveis; uma delas é ver tudo de forma extrema, como se fosse sempre tudo ou nada, 8 ou 80. Preciso ressaltar isso, pois essa perspectiva me faz ser apaixonada por estatísticas. Sério! Eu reconheço que isso é péssimo, mas me ajuda a ser mais realista sobre alguns fatos. Por exemplo, moro em uma cidade onde há mais mulheres do que homens, considerando que todos sejam heterossexuais (o que obviamente não é o caso). Estou solteira há um tempo, e tive algumas experiências curiosas como mulher heterossexual. É sobre isso que este texto trata.
Sempre gostei de me relacionar com homens mais velhos, o que faz com que a grande maioria deles seja divorciada. O que sempre me intrigou foi: "Como uma pessoa super interessante, bem resolvida e com uma carreira está solteira?", levando em consideração a estatística de que há mais mulheres do que homens na cidade. Então, gosto muito de fazer a seguinte pergunta quando estou conhecendo alguém: "Você se importa de compartilhar por que seu relacionamento/casamento não deu certo?". Deixo a pessoa falar livremente, sem interromper... Essa pergunta costuma ser chave para descobrir muitas coisas. No entanto, na grande maioria das vezes, a resposta é: "Ela simplesmente disse que não queria mais". E isso os coloca numa posição de "coitadinho, que moça terrível, um 'menino' tão fofo assim?". Se o seu instinto maternal é forte como o meu, ele grita nessa hora, não é mesmo? Ah, comigo vai ser diferente.
Mas não será e nunca é. Nós não somos clínicas de reabilitação para homens, e um relacionamento nunca acaba simplesmente porque a pessoa "não ama mais". Fomos ensinadas a nos adaptar desde o nascimento como mulheres: não sente assim, fale baixo, é feio uma mulher fazer isso. Enquanto os homens são incentivados a sempre se aventurar e ir atrás do que querem. Ou seja, vamos nos adaptando, mas existe algo dentro de nós que começa a gritar, gritar e, em algum momento, o grito fica tão alto que simplesmente colocamos um ponto final, porque já suportamos demais. Muitas vezes, suportamos pelos filhos ou até mesmo pelo que os outros vão pensar.
A questão é que em qualquer discurso de "coitadismo", é preciso desconfiar. Uma pessoa madura, que aprende com seus erros, sempre irá reconhecê-los e assumir sua responsabilidade e culpa quando estiver envolvida nos acontecimentos. E com o tempo, essa máscara sempre cai por terra, revelando a verdadeira essência de cada indivíduo.
Com o tempo, aprendemos que amar são atitudes, o quanto aquela pessoa queremos por perto e o quanto suas palavras condizem com suas ações.
Claro, isso também pode acontecer ao contrário; as mulheres também podem se vitimizar perante os outros. Sim, é possível. Eu sou 8 ou 80, mas entendo que há exceções. No entanto, estatisticamente, a probabilidade de uma mulher ser injusta com um homem é muito menor, e socialmente é mais fácil para ele sair desse ciclo. Mas podemos falar sobre isso em outra ocasião, quem sabe?
Era isso, vou terminar minha taça de vinho.
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