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Domingo à noite: solitude e autossuficiência

Foto do escritor: Isabella PinheiroIsabella Pinheiro

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É domingo à noite e, depois de arrumar tudo o que precisava, eu me sinto tão bem. Parece que o tempo estava ao meu favor. A cada olhada no relógio, percebia que as horas estavam passando de forma suave, como se o universo estivesse colaborando com meu fluxo. Quando me dei conta, já eram nove e meia, quase dez da noite. Mesmo assim, continuei organizando tudo exatamente como queria, com uma energia que parecia infinita.


No meio desse processo, fui invadida por um lapso de solidão. Pensei: “Será que eu deveria estar dividindo esse momento com alguém?” Será que, ter alguém ao meu lado agora, tornaria essa experiência melhor ou, talvez, mais complicada? Quando se está com outra pessoa, são seus medos, suas angústias e o jeito dela de viver que também entram em cena. Isso poderia transformar um momento tão perfeito como esse? Não sei.


Abri o WhatsApp, o Instagram, respondi algumas mensagens, afinal, sou solteira e me considero extremamente interessante. Tão interessante que posso escolher com quem quero estar. Mas, olhando as conversas, percebi que ninguém poderia se encaixar nesse momento. Qualquer pessoa, por mais incrível que fosse, acabaria estragando essa noite perfeita. Aproveitar a solitude é, de fato, algo incrível. Talvez o vinho esteja ajudando a intensificar esse sentimento – afinal, já estou quase terminando a garrafa. E, honestamente, sinto que preciso terminá-la.


Depois de tudo o que realizei hoje, terminar essa garrafa de vinho parece ser a melhor maneira de honrar meu tempo precioso. O vinho desce suave, como esse domingo chuvoso, e o clima está tão favorável. A chuva batendo nas janelas, o frescor no ar… Tudo isso melhora o meu humor.


Criei todo um ambiente acolhedor para mim: luz suave, minha playlist favorita tocando ao fundo e até uma vela acesa, dando aquele toque final ao ambiente. E quer saber? Acho que ninguém seria capaz de preencher o quanto esse domingo à noite foi sensacional. Qualquer pessoa que tentasse participar disso talvez ficasse apenas como espectadora. E eu? Eu dancei pela casa, livre e completa, pertencendo a mim mesma como não fazia há muito tempo.


E então, pensei: “Cara, eu preciso documentar isso”. Agora estou aqui, no meio da minha última taça de vinho – porque, sim, a garrafa literalmente acabou – escrevendo este blog. O que eu quero, acima de tudo, é que todas vocês possam sentir isso, pelo menos uma vez na vida. Não é sobre estar com alguém, é sobre estar com você mesma. Essa sensação de estar completa em sua própria companhia é incrível, é libertadora.


Desejo que você, que está lendo isso, possa se sentir realizada dentro daquilo que construiu. Que você seja livre para ser o que quiser, sem julgamentos. Que, em tudo que você tocar, você se sinta plena, maravilhosa. Porque é isso que você é, e é isso que você merece.



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